Um pulmão verde no coração da Maia com mais de 8 hectares e de acesso livre corta a malha urbana e abre um espaço de respiração para sentir-se parte da natureza, cuidar da terra e do corpo, plantar e regar a comunidade em redor.

O Parque Quinta da Boa-vista é um amplo espaço verde privilegiado que escapou ao crescimento e pressão imobiliária na malha urbana da cidade da Maia. Tem acesso livre na propriedade da Fundação Gramaxo e alarga-se a várias áreas, desde o acesso via Rua da Nossa Senhora do Bom Despacho, junto à Igreja e que originalmente também pertencia aos terrenos da família; até ao portão principal de acesso ao Museu, próximo à rotunda, sito na Rua Conselheiro Costa Aroso. Do jardim do Coreto — que acolhe um restaurante de carnes maturadas — abre-se uma avenida da Ramada, ladeada por um bosque, e uma seara, antigos campos agrícolas, para acede ao jardim do Museu e à zona rural.

De reparar em algumas espécies de interesse, como uma grande araucária-do-Brasil (Araucaria angustifolia) e um pinheiro-manso (Pinus pinea); no tanque/presa de água que servia a rega de terrenos e onde se localiza uma peça escultórica de Siza Vieira; nos painéis de azulejo de José Emídio e na obra A árvore de S. Francisco, do escultor João Cutileiro.

Perspetivando o futuro, pretende-se incrementar o seu interesse de recreio, pedagógico e ecológico, promovendo a biodiversidade da sua fauna e da flora. Está prevista a colocação de painéis sonoros, revelando os silêncios e os sons naturais, a criação de zonas de permanência, infantis e hortícola, entre outras propostas a avaliar. A FG tem consciência de que o Parque apresenta um grande potencial de melhoria em termos paisagísticos e ecológicos que se verá desenvolver a partir da relação e contribuição dos seus frequentadores. Ao longo do ano de 2024 desenvolvem-se atividades na e da natureza — de plantação e de cuidado — regando e nutrindo um espaço onde coabitam espécies vivas e construídas.