Exposição da Coleção - 01
MUSEU

CURADORIA de Álvaro Siza Vieira



Uma porta de entrada para o ambiente íntimo que espelha o investimento cultural da Colecionadora Maria de Fátima Gramaxo - pintura de diferentes períodos artísticos e artes decorativas.


Nem todas as coleções pessoalizadas se exibem em espaços físicos próprios. A maioria resguarda-se em espaços privados. Por decisão do/a colecionador/a assumem visibilidade de dentro para fora, abrindo-se sob modelo instituído de fundação (privada ou pública) ou de casa-museu. Consoante os casos, as coleções privadas alojam-se nas moradias de quem celebram o nome, em edifícios concebidos para o efeito, de modo a serem partilhadas com os públicos ou são depositadas em acervos e espólios em museus, arquivos ou bibliotecas [municipais ou nacionais].


O ato de colecionar foi herdado, em termos históricos, de quem aspirava a maior fruição e conhecimento. Com frequência, intelectuais e diletantes absorviam o tempo na contemplação de obras e no manuseamento de objetos especiais. A/o detentor/a das coleções rodeava-se do que mais prezava, adquirindo, para seu usufruto, mais e mais elementos. Destacam-se, todavia, algumas pessoas que privilegiaram a partilha estendida a uma comunidade mais alargada, para além da família ou amigos. Alojam-se as coleções, disponibilizando-as em contexto museológico para o público. É o que sucede, quando a colecionadora Maria de Fátima Gramaxo, decidiu alargar a todas/os um conjunto das peças da sua coleção, que se mostram na exposição de longa duração no edifício do Museu.


A exposição da Coleção apresenta peças escolhidas nos núcleos de joalharia (laica e religiosa), ourivesaria e mobiliário. Exibe-se um leque de pinturas significativas, prevalecendo as figurações (sob temáticas diversificadas) e as paisagens, assinadas por artistas portugueses ativos entre os séculos XVIII e XX: Vieira Lusitano (1699-1783) – cena religiosa; Tomás da Anunciação (1818-1879); Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929) – cena de interior; Carlos Reis (1863-1940) – paisagem; António Silva Porto (1850-1893) – paisagem; Aurélia de Sousa (1866-1922) – paisagem; Falcão Trigoso (1879-1956); António Carneiro (1872-1930); Abel Salazar (1889-1946) – figuras em contexto; Dordio Gomes (1890-1976) – figuras na paisagem; Henrique Medina (1901-1988) duas figuras na paisagem; Helena Abreu (1924/) – cena familiar.


A apresentação da Coleção merece no futuro um evento e publicação específica, pois o seu estudo requer uma investigação aprofundada, organizada em contexto académico, assegurado por especialistas nas tipologias contempladas, para reverberar devidamente o seu interesse.

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CURADORIA de Álvaro Siza Vieira



Uma porta de entrada para o ambiente íntimo que espelha o investimento cultural da Colecionadora Maria de Fátima Gramaxo - pintura de diferentes períodos artísticos e artes decorativas.


Nem todas as coleções pessoalizadas se exibem em espaços físicos próprios. A maioria resguarda-se em espaços privados. Por decisão do/a colecionador/a assumem visibilidade de dentro para fora, abrindo-se sob modelo instituído de fundação (privada ou pública) ou de casa-museu. Consoante os casos, as coleções privadas alojam-se nas moradias de quem celebram o nome, em edifícios concebidos para o efeito, de modo a serem partilhadas com os públicos ou são depositadas em acervos e espólios em museus, arquivos ou bibliotecas [municipais ou nacionais].


O ato de colecionar foi herdado, em termos históricos, de quem aspirava a maior fruição e conhecimento. Com frequência, intelectuais e diletantes absorviam o tempo na contemplação de obras e no manuseamento de objetos especiais. A/o detentor/a das coleções rodeava-se do que mais prezava, adquirindo, para seu usufruto, mais e mais elementos. Destacam-se, todavia, algumas pessoas que privilegiaram a partilha estendida a uma comunidade mais alargada, para além da família ou amigos. Alojam-se as coleções, disponibilizando-as em contexto museológico para o público. É o que sucede, quando a colecionadora Maria de Fátima Gramaxo, decidiu alargar a todas/os um conjunto das peças da sua coleção, que se mostram na exposição de longa duração no edifício do Museu.


A exposição da Coleção apresenta peças escolhidas nos núcleos de joalharia (laica e religiosa), ourivesaria e mobiliário. Exibe-se um leque de pinturas significativas, prevalecendo as figurações (sob temáticas diversificadas) e as paisagens, assinadas por artistas portugueses ativos entre os séculos XVIII e XX: Vieira Lusitano (1699-1783) – cena religiosa; Tomás da Anunciação (1818-1879); Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929) – cena de interior; Carlos Reis (1863-1940) – paisagem; António Silva Porto (1850-1893) – paisagem; Aurélia de Sousa (1866-1922) – paisagem; Falcão Trigoso (1879-1956); António Carneiro (1872-1930); Abel Salazar (1889-1946) – figuras em contexto; Dordio Gomes (1890-1976) – figuras na paisagem; Henrique Medina (1901-1988) duas figuras na paisagem; Helena Abreu (1924/) – cena familiar.


A apresentação da Coleção merece no futuro um evento e publicação específica, pois o seu estudo requer uma investigação aprofundada, organizada em contexto académico, assegurado por especialistas nas tipologias contempladas, para reverberar devidamente o seu interesse.